sexta-feira, julho 22, 2005

Estou...

Profundamente desiludida e tentada a mandar o contador passear!

Parece-me...

Que por muito que entre e saia, só conta cada pessoa uma vez.

Apetece-me...

Entrar e sair compulsivamente do meu blog, para aumentar o número no contador de visitas.

Contador de visitas novo

Verdade! Está ao fundo da página e ninguém acreditaria, mas fui MESMO eu que o meti lá! :)

segunda-feira, julho 18, 2005

Histórias há muitas, esta é a tua...

Tantas vezes te doeu a vida que te convenceste, contra toda a evidência lógica, empírica e imediata, que de nenhuma das letras do teu nome se escrevia felicidade. Tantas, tantas, que não poderias contá-las pelos dedos da mão, pelas paredes do quarto, por letras-mensagens ou comunicações teimando em fazer-se tardar, por noites ardendo ou manhãs a chorar, por dias inteiros de nariz bem içado, fingindo um sorriso ainda por ser.
Tantas vezes te doeu por sobre as madrugadas dos dias nascendo Coimbra, por sobre a cama azul ao fundo do quarto, por sobre ti a chorar a hipotética e potencial certeza da divisão de nada, noves fora nada, nada para ti.

Quem sabe de amor, sabe que acontece numa pancada surda, num ataque súbito, numa fracção de segundo; um fenómeno físico de duração, voltagem e resistência indefinidas, medível em decibéis de intensidade inexplicável, sentido só nos agentes na sua sinestesia. Sabe, também, que não há química racional que lhe valha, não é convertível em alcanos, alcenos, alcinos, nem noutros elementos químicos ou em ligações categorizáveis ou quantificáveis, duplas, simples ou outras.

Quem conhece Coimbra sabe que a história é cidade, sabe de tudo o que, mesmo não dito, nela se lê, sabe da dor de partir pelas ruas, sabe do amor em quem teima em ficar, sabe das pedras e capas embaladas em guitarras e vozes e fado. Sabe de amores tão velhos, tão velhos, que são história por si, sabe que a história se escreve sempre que, no palco Coimbra, o amor acontece.

Tantas vezes choraste até esse dia, até esse tempo, até essa época. Lavou-se, fugiu, e agora, o cabelo perdido pela cama do fundo do quarto azul, o corpo esguio entre dois braços, a respiração cansada, o calor do Verão, o som de um beijo e o ar saturado em cumplicidade, agora, precipita-se em ti a conclusão condensada de que histórias há muitas, mas esta é a tua.

Ps. Amores felizes também nos merecem histórias!

Banda Sonora: Cada Lugar Teu, Mafalda Veiga (com a nota pessoal de que é tão mais difícil encontrar bandas sonoras para estados de espírito perfeitos...)

quinta-feira, julho 14, 2005