É uma espécie de jogo, de angúsia e de dor.
Acordar de manhã, esticar os braços sobre a cama, abrir o estore e deixar entrar a luz branca da manhã. Num primeiro pensamento, lembrar-me dela, dos olhos dela a rirem-se da vida, de como sabe sempre o que quer, do cabelo dela e das mãos, das mãos dela entaladas nas minhas.
Levantar-me de vez, o tempo a parecer um liquído pouco viscoso, denso, que demora a passar, e ainda ela, o pormenor do lábio mordido quando quer mesmo alguma coisa, a teimosia do conjunto que é.
Olhar para o telefone, uma, duas, três vezes, tomar banho e voltar a olhar. Escrever-lhe uma mensagem, apagá-la, voltar a escrevê-la mentalmente enquanto me penteio,sabendo que não lha vou mandar.
Sofrer por ela, esperar por ela, arder por que diga qualquer coisa, chorar de raiva.
Vestir-me, apertar o nó da gravata, pensar na agenda e encerrar o capítulo dela até ao fim do dia.
Beber um café, que, depois de três colheres de açúcar, não obstante, sabe a amargo.
quinta-feira, abril 07, 2005
Ela
Publicada por Luz à(s) 2:19 da manhã
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1 comentário:
Mana, tens este dom maravilhoso q é escrever divinalmente! Todos os teus textos transbordam vida e sentimento. Love you so much you can hardly imagine!
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