A propósito da encoprese, ou do cocó nas cuecas até muito tarde, o nosso infra citado e brilhante pedopsiquiatra afirma que, quando ainda não faz-cocó-no-bacio, a criança:
«(...) ainda não atingiu o estádio de maturidade que lhe permita estabelecer uma distinção entre as dejecções e o próprio corpo. (...) a expulsão equivale a um verdadeiro atentado à integridade física, a uma perda de substância, quase uma amputação. Portanto, fazer as necessidades nas fraldas permite-lhe, por um lado, "ignorar" a perda de substância e, por outro, conservar-se intacta.»
E se a mãe insistir com a criança ainda-não-preparada para que passe a usar o bacio:
«(...) acaba por ser sentida como perigosa, pois é ela quem quer impor o que a criança sente como uma mutilação. Perigosa, logo não afectuosa.»
Por fim, outro erro craso da mãe:
«A aquisição do asseio poderá também ser parasitada pela noção de "prenda" que a mãe introduz na relação: fazer cocó no bacio é, de certa maneira, dar à mãe o prazer que ela lhe proporciona ao alimentá-la» (à criança)
Mesma referência bibliográfica, p.70
Nem um único comentário: me quedo muda.
sexta-feira, setembro 14, 2007
Da série, já menos nova, «Deitem-me no Divã Dinâmico e Analisem-me até aos Ossos»
Publicada por Luz à(s) 10:42 da manhã
Etiquetas: Psicologias Baratas
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
É mesmo sem palavras.
Enviar um comentário