Tenho o privilégio de morar no campo, longe das luzes das cidades e do burburinho sonoro dos carros que passam...
Sempre adorei o céu, por nunca ter conseguido perceber a distância que nos separa das estrelas, por achá-las insuportavelmente bonitas e misteriosas e porque me agrada a ideia cristã de que as boas pessoas vão para o céu...
Faz parte da ciência popular a ideia de que as estrelas cadentes permitem pedir desejos... E garanto-vos, como observadora atenta do céu, que é preciso paciência para as encontrar... São arredias, e o próprio conceito de cadente encerra em si o estigma de uma fuga, a marca inapagável de um momento efémero. É isso que as torna tão bonitas... E a certeza de que todos os momentos, como todas as estrelas cadentes, são diferentes, mas de que, ainda assim, podemos sempre esperar pela noite para ver o céu...
E tudo isto a propósito de ontem ter chegado a casa e ter sido contemplada com a visão de uma estrela cadente sem ter olhado para o céu o tempo suficiente para a merecer, e ter pensado na evolução dos meus desejos.
Há uns tempos, pediria certamente às estrelas qualquer coisa de muito específico, um qualquer acontecimento que no momento me parecesse apetecível...
Passei depois um período de raiva ao céu, em que virava ostensivamente a cara a estrelas, cadentes ou não... É que, infelizmente, o método de pedir-desejozinhos-às-estrelinhas é aleatoriamente falível.
Ontem, pedi, muito genericamente, que a minha vida melhorasse. Um bocadinho.
Banda Sonora: Restolho, Mafalda Veiga
PS. Ainda tiro um curso de astrofísica - está na lista (interminável) das coisas que ainda quero fazer...
domingo, abril 10, 2005
(Pop) Stars
Publicada por Luz à(s) 3:08 da tarde
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Larguei ao 4º ano...
Bom, a mim quase me apetece dizer que o torna numa pessoa interssante... Ou não... :)
Obrigada por passar, e qualquer dia ainda lhe peço umas explicações acerca das estrelas. :)
Enviar um comentário