quarta-feira, março 15, 2006

Talvez

Era talvez o barulho batido ritmado da música, a luz desmaiada e tão intensa ao mesmo tempo ou apenas o fumo e o calor dos corpos em encontrões a materializar-se no espaço; era talvez a possibilidade de avançar pela multidão e pôr fim à distância em pouco mais de cinco passos, que numa multidão são mais penosos de caminhar. Ou eram os olhos dela ou dele, uns presos nos do outro ou vice-versa, ou era tudo o que entre eles havia, houvera ou nunca houve.
Era talvez uma indecisão pendente, ou a certeza absoluta de que alguma coisa os unia para sempre, ou qualquer coisa de permanente num talvez.
Não sei quem atravessou, talvez se encontrassem a meio, talvez ela o beijasse ou ele a beijasse a ela e ambos se beijassem de volta, para depois dizerem, qual deles? nenhum dos dois?, «nunca mais te quero ver».
Até à próxima vez.

2 comentários:

Anónimo disse...

Talvez...probabilidade da vida, esperança que nos mantem com vontade de querer melhor e mais, talvez nada resulte mas talvez tudo acabe como uma fairy taile... happy 4ever :) estás uma verdadeira filosofa.

Anónimo disse...

Talvez o volte a ver e vou de certeza lembrar-me deste post...e talvez nao tenha que dizer q nunca mais o kero ver apesar de ter k ser...