segunda-feira, setembro 10, 2007

A Carla

Quando conheci a Carla, e pelo que ela conta, porque eu não me lembro, tinha calçados uns sapatos muito velhos que pareciam umas chinelas de tão usados. Também disse, nesse dia em que a conheci, aproximadamente 18 vezes a expressão «ai tão giro», o que faz de mim completamente estúpida.
Mas vamos, vá, gostei logo da Carla e da comandita dela: os palhaços, os desensovalhos, a maltinha do barro, todos com muitas ideias «tão giras».
Uns meses depois, plotou-nos, a mim e a duas miúdas super, um cartaz engraçado que serviu um dos momentos mais hilariantes da nossa vida. E nós oferecemos-lhe um cacto, com um papelinho junto a dizer que, caso não gostasse dele, podia metê-lo num-sítio-que-agora-não-posso-dizer e rasgar-se.
E ainda houve os anos-da-Carla, com banhos à noite na praia fluvial, e jogos de voleibol com saco de plástico como bola e eu de árbitro. E feiras medievais. E praxes na ARCA. E Carnavais, e faixas de miss. E a ilha da Armona. E a malta toda a prometer-me que eu não desenhava assim tão mal, mas tinha de começar pela estrutura maior. E o atrelado da Carla, vulgo Guedes, a fotografar-me sempre e compulsivamente as mamas. As minhas e as de todas, mas, reconhecidamente, com maior fascínio pelas minhas. (Está o caldinho entornado se a namorada do Guedes lê isto!)
Pois, e quando eu estive doente a Carla veio visitar-me.
Até me levou a Barcelona, para ver a madrinha.
A Carla? A Carla sabe fazer bacalhau com natas, embora às vezes não demolhe o bacalhau. E sabe fazer-me chorar quase baba e ranho por trás dos óculos só com flores, o que é qualquer coisa.
Agora, eu não percebi porque é que Deus pôs a Carla na minha vida até ontem. É que ela percebe umas coisas (poucas) de design e outras coisas (poucas) de template (é assim que se diz?) e reformulou-me o blog para ficar o mai-lindo-da-blogosfera. E então, a ideia de Deus em ter-me feito aturar esta chata que não demolha o bacalhau e se queixa das sandes de tomate, tornou-se mais clara e cheia de sentido.

PS. Bem sabes que eu te adoro, verdad? Obrigada! :) E vá, agora por este testemunho de agradecimento, quero o meu bonequinho BD desenhado. Lol, ou se não tiveres tempo, perdoo. Agora, não quero é um boneco de BD gordo. :P

2 comentários:

Anónimo disse...

Gostei dessa das miúdas super...
Bjinhos

Anónimo disse...

E eis que uma porrada de tempo depois, lá esbarrei com isto e reafirmei o porquê de me rir compulsivamente cada x k me lembro! Lembro-me também, de uma pseudo-luta num sofá em barcelona e umas fotos que envolviam sinaléctica animal... e mais n digo!!! Fico à espera da visita. O boneco vai um dia destes... quando eu tiver para te aturar :P